domingo, 24 de agosto de 2008

A Maçonaria

A Maçonaria (Freemasonry em inglês) é uma sociedade discreta, composta de homens livres e de bons costumes, que denominam-se mutuamente de “irmãos” por estudarem e cultuarem a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre todos os homens, membros ou não. 

Seus principais princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu antigo caráter secreto deveu-se a perseguições, a intolerância e a falta de liberdade várias vezes demonstrada ao longo da história da humanidade. 

Hoje, a Maçonaria é simplesmente sigilosa, mas não mais se esconde, e seus membros, chamados Maçons, preferem manter-se anônimos, dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todas as partes e países do mundo. É considerada a maior sociedade mundial antiga e atual. 

Sendo uma sociedade iniciática, seus candidatos são aceitos através de convite expresso de um membro da sociedade Maçônica e integrados à irmandade global, por uma cerimônia denominada “iniciação”.

Esta forma e estrutura de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada, e possuí um belíssimo conteúdo simbólico, que facilita ao neófito pensar e meditar profundamente sobre os princípios filosóficos e transcendentes que sempre inquietaram a humanidade. 

Os iniciados ingressam na Ordem Maçônica com o grau de Aprendiz Maçom (Entered Apprentice) e estudam neste grau por aproximadamente 1 ano. Ao receber instruções, ensinamentos e ao apresentar seus próprios trabalhos, galgam ao grau simbólico de Companheiro (Fellow Craft) e após outro ano de estudos chegam ao grau de Mestre Maçom (Master Mason). 

Os membros reúnem-se semanalmente em um local fechado ao qual denominam de Loja (em inglês Lodge), e dentro dela praticam suas atividades, rituais e trabalhos, de maneira sigilosa. 

Estes procedimentos são orientados por pelo menos 3 mestres experientes, sendo que um deles é conhecido por Venerável Mestre, por ser o coordenador mais experimentado. Todas as cerimônias seguem os princípios da Lei, da Moral e do Civismo, sendo realizadas em honra e homenagem a Deus ou Força Criadora ou Princípio Sagrado, ao qual os maçons denominam ecumenicamente de Grande Arquiteto do Universo. 

Todos os ensinamentos, lições e orientações maçônicos são transmitidos através de símbolos, para melhor fixação, dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e ao mesmo tempo adequado ao nível intelectual e cultural de cada membro. Cada Loja Maçonica faz parte de uma região que está contida em um Distrito, o qual responde a uma Grande Loja (ou Grande Oriente), que por sua vez faz parte de uma Potência. São unidades e celulas puramente administrativas, uma vez que todos funcionam do mesmo modo, com pequenas variações de ritos. 

As lojas e seus membros se conectam formal ou informalmente através de sistemas mútuos de reconhecimento entre os níveis (graus) e lojas, mundialmente. A maioria dos símbolos têm suas origens perdidas no tempo, sendo que muitos foram adotados das primeiras organizações profissionais (guildas) medievais, principalmente dos antigos mestres construtores de castelos, catedrais, sinagogas e mesquitas. “Maçon” em francês significa “pedreiro” ou “construtor”. 

Sua forma organizacional atual começou em 24 de Junho de 1717, quando uma primeira grande loja foi fundada em Londres. Cada Loja possui independência em relação as outras Lojas, mas estão ligadas a uma Grande Loja e desta maneira a todas as demais lojas, em todo o mundo. Um membro de uma loja pode visitar qualquer outra loja, em qualquer lugar, bastando para isso seguir as regras, normas e princípios da Maçonaria. 

Estas leis máximas da Ordem Maçônica são chamadas de “landmarks” e são únicos e comuns para todos os Maçons, universalmente. Um desses pontos fundamentais na Maçonaria é que o homem para ser aceito na Ordem deve acreditar em um “princípio criador”, “uma força sagrada”, independente de sua religião. Seus integrantes professam as mais diversas religiões e a ordem tem
Caráter não-sectário.

Por ser livre e possuir um conhecimento amplo e eclético, a Maçonaria e seus membros buscam nas mais diversas vertentes suas verdades e experiências, resultando em um caráter globalizado e holístico. A Ordem Maçônica é apolítica e areligiosa, pois os objetivos de grupos políticos ou sociedades religiosas é outro e baseados em outros princípios e com outras práticas e atividades.

http://www.gremiolusitano.eu/wp-content/uploads/2007/02/organizacao.gifCada um de seus membros tem suas preferências políticas pessoais e individuais, que são totalmente respeitadas, pelo simples fato de não serem comentadas e/ou discutidas. Os maiores propósitos da Maçonaria são possibilitar aos homens encontrar paz e harmonia, promover a amizade fraternal e real, e também desenvolver a caridade. Atualmente estima-se que existam mais de 4.8 milhões de maçons em lojas regulares ao redor do mundo.

Mais de 3 milhões estão localizados só nas Americas (principalmente USA), sendo que se estima que no Brasil existam pouco mais de 130.000 membros ativos, apenas. Alguns homens notáveis entre os maçons foram: Benjamin Franklin, Mozart, Henry Ford, Rudyard Kipling, Dom Pedro I, Robert Baden Powell, Marechal Deodoro da Fonseca, Douglas MacArthur, Gal Manoel Luiz Osório, Paul Harris, Raimundo Rodriguez, Will Rogers, Melvin Jones, Francisco Parreira, George Washington, Frank Sherman Land.

A Cabala e a Criação

http://pentimento.zip.net/images/drgao.jpgA Queda dos Anjos e do Homem não fazia parte do Plano Divino da Criação, mas estava prevista, e o remédio de antemão preparado muito antes que tais acontecimentos tivessem lugar. No início da Quarta Revolução do Período da Terra, foi acionado, pelos Mestres da Mente, no ancestral humano, que já possuía os corpos físico, etérico e astral, o quarto princípio que lhe faltava - o Ego. 

Naquela época, o corpo físico encontrava-se em seu quarto estágio de perfeição, o corpo etérico no terceiro, o corpo astral no segundo e o Ego estava no início de sua existência. Esses três veículos e o Ego, quando foram implantados pelas Hierarquias Criadoras, eram apenas gérmens ou arquétipos em desenvolvimento e deveriam passar por vários aperfeiçoamentos no decorrer da Evolução.

Nos três períodos evolucionários, de Saturno, do Sol e da Lua, e parte do período da Terra, não existia ainda a Ordem Temporal. A evolução se desenvolvia na Duração. O Tempo começou no início da Era Lemuriana, após a Queda do Homem. O homem, que evoluía como uma célula na Eternidade, estava em consonância e harmonizado com o Cosmos. O homem, que evoluía na Terra como uma célula do Grande Homem Celeste, era um ser individualizado, com uma tríplice alma, sentimental, intelectual e consciente. Sua consciência é um reflexo do que é a Consciência da Centelha Divina, que se desenvolve no Cosmos livre de qualquer outra influência.

O homem evoluía na Terra, mas em harmonia com o Cosmos e isto devia continuar, se não houvesse a interferência de uma outra influência. Sem essa influência, o homem teria se tornado um ser em que seu conteúdo refletiria sempre o Cosmos, não por sua livre vontade, mas sim como uma necessidade da Natureza. Porém isto não ocorreu. Certos seres espirituais, que mais tarde tomariam parte ativa na evolução da humanidade, tinham assimilado tanto a natureza Lunar que, por ocasião da separação da Terra da Lua, não puderam participar desta operação.

Foram então excluídos de atividades que, da Lua, dirigiam sua influência para a Terra. Tais seres retardados, que conservavam ainda a antiga natureza lunar, foram confinados na Terra, com seu desenvolvimento irregular. Esses seres são os mesmos que, por ocasião da separação do Sol da Terra, tinham se rebelado contra os seres solares. Em sua natureza lunar residia a causa de sua rebelião, que constituiu a Queda dos Anjos.

Tal rebelião foi benéfica ao homem, pois, mais tarde, permitiu-lhe ter um estado de consciência independente. Em consequência ao desenvolvimento peculiar destes seres, durante esta primeira metade do período da Terra, eles se tornaram inimigos dos seres que, da Lua, desejavam que a consciência humana continuasse a ser um Espelho Universal do Conhecimento, sob a compulsão da necessidade. Aquilo que tinha possibilitado ao homem elevar-se a um estado mais alto, agora provou estar em oposição com o que devia realizar durante o período de evolução da Terra.

Esses seres rebeldes tinham trazido com eles, em virtude sua natureza lunar, a capacidade de atuar sobre o corpo astral do homem, pois o gérmen do corpo astral foi implantado no homem durante o período da Lua. Assim, a tais seres foi dado influir no corpo astral do homem a fim de torná-lo independente. E usaram este poder para modificar o Estado de Consciência no qual o homem vinha evoluindo. Assim, ainda, tais seres conseguiram seduzir o homem em benefício de seus próprios interesses e tal fato teve para o ser humano uma dupla conseqüência. Sua consciência perdeu o caráter de mera refletora do Cosmos, porque surgiu a possibilidade, no corpo astral do homem, de regular e controlar, por intermédio deste veículo, as imagens que surgiam em sua consciência. O homem desse modo tornou-se o Senhor de seu Conhecimento(DAATH).

De outro lado, foi justamente o corpo astral o homem que se tornou o ponto de partida desse controle e o Ego que se encontrava acima do corpo astral tornou-se assim plenamente dependente dele. Como resultado, o futuro humano ficou adstrito a uma contínua influência de um elemento inferior de sua constituição(o corpo astral). Isto fê-lo cair das alturas em que havia sido colocado pelas entidades espirituais da evolução terrestre, no curso dos acontecimentos cósmicos.

A influência destes seres lunares já mencionados permaneceu com o homem durante os subsequentes períodos de tempo. Tais espíritos lunares são denominados "espíritos luciferinos". Assim se deu a queda do homem. Esta queda foi lenta e durou até a vinda daquele que a Cabala chama de Segundo Adão. Um dos resultados da Queda foi o desmembramento das células do grande Adão Kadmon, as quais passaram a evoluir separadamente como seres humanos.

Os seres luciferinos possibilitaram ao homem a capacidade de desenvolver uma atividade livre, mas também tornou-o propenso ao erro e ao mal, por falta de experiência de um lado, e por outro por causa da forte influência do corpo astral. Por causa deste processo, o homem desenvolveu um relacionamento diferente com os espíritos do Sol. E por causa deste processo, o homem foi mergulhado mais do que deveria na matéria. Originalmente, o corpo do homem continha apenas Fogo e Água. Mas ele foi mergulhado cada vez mais na materialidade, tornando-se cada vez mais denso.

O ser humano se expôs à influência do mundo exterior, por suas próprias visualizações, sujeitas a erro, porque ele vivia sob o impulso do desejo e da paixão, que não permitiam o controle das impressões espirituais mais elevadas. Daí resultou a possibilidade de moléstias. Outro efeito da influência luciferina foi que o homem passou a perceber a passagem de um corpo para outro, e assim ele conheceu a morte. E isto nos revela o mistério da conexão entre o corpo astral e as moléstias e a morte. As paixões desenfreadas e o egoísmo ardente são as causas de quase todas as moléstias.

O corpo astral é o grande egoísta e seu egoísmo deve ser detectado e combatido em todos os seus aspectos, isso se queremos trilhar a senda ocultismo. Para evitar piores conseqüências, as entidades espirituais promoveram uma separação parcial do corpo etérico do físico, ficando uma parte dele fora do corpo físico, principalmente na região da cabeça, a fim de que o corpo etérico não pudesse ser controlado pelo Ego, passando a pertencer tal controle a seres mais elevados.

E tal separação permaneceu assim até o período final do período Atlante, voltando, então, a existir plena conexão entre os veículos. Se o veículo etérico continuasse ligado ao físico e ao astral, o homem dominaria as forças supersensíveis para seu próprio uso, as mesmas que estavam sob seu poder antes da queda. Se a conexão fosse mantida, também as influências luciferinas dominariam estas forças. Se isso tivesse acontecido, teria sido a ruína definitiva do homem, sendo que ele se tornaria para sempre um ser terrestre, separado eternamente dos espíritos do Sol.

Com relação a isto, podemos verificar tais fatos em Gênesis, III, 22,23,24). Assim, tendo expulsado Adão, colocou no Oriente do Jardim do Éden os Querubins e a Lâmina da Espada Flamígera para impedir o acesso à Árvore da Vida. Ainda sobre Adão e sua Queda, observamos que a Grande Deusa Eva, tentada pelos frutos da Árvore do Conhecimento, cujos ramos se projetavam para cima, para as sete Sephiroth inferiores, mas se inclinavam também para baixo, para o reino das Sephirot infernais, dirigiu-se para elas, deixando os dois pilares laterais sem suporte. Assim, foi destruída a Árvore da Vida, caindo sem sustentáculo, derrubando consigo o Grande Adão.

O Grande Dragão Vermelho com suas sete cabeças e dez chifres e o Éden ficou desolado. O Dragão isolou e envolveu Malkuth, ligando-a às Sephirot infernais. E as cabeças do Dragão levantaram-se para as sete Sephirot inferiores até o Trono de Deus(até DAATH), acima Elohim. Assim os 4 rios do Éden foram esgotados e o Dragão derrubou por sua boca em DAATH as águas inferiores. Este é o Leviathan, a serpente sinuosa e penetrante.

Mas Tetragramaton Elohim colocou as 4 letras, IHVH, e a espada flamígera entre o devastado reino caído e o Supremo Éden, a fim de que este não fosse envolvido pela Queda de Adão. Assim foi necessário que o Segundo Adão fosse levantado para restaurar o Sistema, e assim como Adão foi estendido sobre a Cruz de 4 Rios, assim o Segundo Adão também deveria ser Crucificado sobre os 4 Rios Infernais da Cruz de 4 Braços da Morte. Ele tinha que descer às regiões infernais, mesmo a Malkuth e ainda nascer nela. O Salmo 74, 14, diz: "Tu reduzirás a pedaços a cabeça de Leviathan".

E sobre as cabeças do Dragão estavam os nomes dos 8 Reis de Edom, porque DAATH, tendo desenvolvido no Dragão uma nova cabeça, o Dragão de 7 cabeças com 10 chifres, tornou-se o Dragão de 8 cabeças e 11 chifres(Gênesis XXXVI, 31-43; 1°Crônicas, 43-54). Os Edomitas eram os descendentes de Esaú, que vendeu seus direitos de primogênito. Seus reis se tornaram símbolo de forças ilegais e caóticas. Antes da Queda, Malkuth ocupava o lugar de DAATH. Com a Queda, Malkuth caiu e DAATH passou a ocupar o seu lugar. Com a vitória do Segundo Adão, Malkuth voltará a seu lugar de origem antes da Queda.

 A função do homem, antes da Queda, era espiritualizar tudo pela contemplação imaginativa e harmoniosa do Cosmos, em perfeita consonância com a Divindade. O homem assim espiritualizado levantaria consigo todo o Universo, toda a Criação. Este estado primordial é representado pela Árvore da Vida antes da Queda, com Malkuth no lugar hoje ocupado por DAATH- a esfera do Conhecimento, também chamada de o Quarto Vazio, que o homem terá de preencher com conhecimento, de que ele não precisava antes, pois a sabedoria Cósmica era usa meta.

Agora necessita conhecimento para evoluir e voltar ao Éden, do qual foi expulso depois de cair. Nos termos acima se exprime a Cabala sobre a Queda e a Redenção, apoiada nos Evangelhos e na Tradição Ocidental. Com a Queda, o homem caiu lentamente, perdendo progressivamente a noção dos princípios espirituais e mergulhando cada vez mais na matéria, até a vinda do Segundo Adão - o Logos, o Cristo Jesus. Então o homem parou de cair e cessou no ponto mais baixo de materialidade que lhe foi permitido atingir. Na época atual, a humanidade se acha ainda na corrente involutiva. Muitos já transpuseram o Nadir, que é o ponto divisório que separa a involução da evolução, porém a massa da humanidade ainda não transpôs este ponto.

A vinda do Cristo Vivo e Logos Encarnado nos permitiu iniciar nossa viagem de volta à pátria celeste. Ele veio para nos proporcionar as condições e os meios para a mesma redenção, através do Mistério do Gólgota. A redenção não poderia ser efetuada por um ser humano, mesmo que ele fosse um elevado adepto, , porque todos nós, mesmo os Grandes Iniciados ainda estamos lutando por nossa Reabilitação, como seres caídos que somos todos nós. Era necessário que um Ser, que não tivesse sofrido as conseqüências da Queda, viesse nos Salvar.

E assim o Cristo-Deus, por puro Amor, desceu à Terra, mergulhou na matéria, assumiu a condição humana, sujeitando-se às conseqüências que esta posição Lhe impunha. E nossa Salvação é individual e nossa evolução ocorre somente quando seguimos os desígnios do Cristo. Como o homem é agora completamente livre, basta ele seguir seu caminho rumo à Salvação em Cristo. E o caminho do Iniciado é o do conhecimento.
Partindo de Malkuth, segue ele pelos 22 caminhos da Árvore da Vida, ao longo do trajeto da Serpente da Sabedoria, mas antes de chegar a Deus, em Kether, deverá transpor o Abismo, em DAATH, e esta constitui a etapa mais perigosa do caminho". "Do Centro da Terra, através dos Portais me elevei e no Trono de Saturno me assentei".

A Arca da Aliança

A CONSTRUÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA OU ARCA SANTA, 

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FOI ORDENADA A MOISÉS POR JEOVÁ, DESTINADA A CONTER O TESTEMUNHO OU A LEI QUE INCLUÍA O PACTO DA ALIANÇA, CELEBRADO ENTRE JEOVÁ E OS JUDEUS.
A ARCA FOI CONSTRUÍDA NO MONTE SINAI, A MANDO DE MOISÉS POR BEZALEEL E AOLIABE. FOI FEITA COM MADEIRA DE ACÁCIA E REVESTIDA DE OURO PURO,

MEDINDO SEGUNDO UNS: 125X75X75 CM, SEGUNDO OUTROS SUA MEDIDA SERIA DE 175X80X80 CM; JÁ NA DISCRIÇÃO BÍBLICA (ÊX: 25:10) SEU CUMPRIMENTO SERIA DE DOIS CÔVADOS E MEIO E A SUA LARGURA DE UM CÔVADO E MEIO E, DE UM CÔVADO E MEIO A SUA ALTURA. SABENDO SE QUE UM CÔVADO CORRESPONDE A 0,66 CENTÍMETROS TEMOS QUE A DIMENSÃO CORRETA DA ARCA, SEGUNDO O RELATO BÍBLICO, SERIA DE 165X99X99 CM.

ENCIMANDO A ARCA FOI CONSTRUÍDO O PROPICIATÓRIO, UMA ESPÉCIE DE TAMPA EM FORMA DE COROA, TAMBÉM DE OURO. SOBRE ESSA PEÇA HAVIA DOIS QUERUBINS DE OURO BATIDO, UM DE FRENTE PARA O OUTRO E SUAS ASAS ESTENDIDAS SOBRE A ARCA.

EM SUAS EXTREMIDADES EXISTIAM QUATRO ARGOLAS TAMBÉM DE OURO, DUAS DE CADA LADO POR ONDE PASSAVAM OS VARAIS PARA LHE FACILITAR O TRANSPORTE.
OS METAIS UTILIZADOS EM SUA CONFECÇÃO, SEGUNDO SE LÊ EM ÊXODO, 38:24,27 E 29, FORAM DE: 29 TALENTOS E 730 SICLOS DE OURO; 100 TALENTOS E 1.775 SICLOS DE PRATA E 70 TALENTOS E 2.400 SICLOS DE COBRE. SABENDO-SE QUE UM TALENTO EQÜIVALE A 24,160 QUILOS, TEM-SE, QUE OS METAIS UTILIZADOS TOTALIZARAM EM 4.807,84 QUILOS, ISTO SEM CONTAR OS SICLOS QUE ERAM MOEDAS DE OURO, PRATA E COBRE QUE CIRCULAVAM NA ÉPOCA E CUJO PESO DESCONHECEMOS.

A ACÁCIA É UMA ÁRVORE SAGRADA ENTRE OS EGÍPCIOS, PELA SUA IMPUTRESCIBILIDADE, SENDO CONSIDERADA UM EMBLEMA DA IMORTALIDADE, DA VITALIDADE E DA INOCÊNCIA.
O METAL UTILIZADO, NO SEU SENTIDO ESOTÉRICO PODE SER SINTETIZADO COMO SENDO: O OURO SIMBOLIZANDO O PODER E A ESPIRITUALIDADE, A PRATA A ESPERANÇA E O COBRE O AMOR.

A PAR DO GRANDE VALOR MATERIAL DA ARCA OUTRO DE MAIOR RELEVÂNCIA SE PRENDE AO FATO DE A MESMA REPRESENTAR O PACTO FEITO POR DEUS COM O POVO JUDEU, SENDO POR ISSO VENERADA COMO O SÍMBOLO DE REFERIDA ALIANÇA. ENQUANTO NOS TEMPLOS PAGÃOS HAVIA IMAGEM DE FALSOS DEUSES, NO TABERNÁCULO ISRAELITAS HAVIA A ARCA, QUE REPRESENTAVA A PRESENÇA DE DEUS.OS OBJETOS COLOCADOS NO INTERIOR DA ARCA FORAM: UM VASO DE MANÁ, AS TÁBUAS DA LEI E A VARA DE AARÃO.

O MANÁ:

O MANÁ FOI O ALIMENTO QUE DEUS MANDOU EM FORMA DE CHUVA AOS ISRAELITAS PARA ALIMENTÁ-LOS NO DESERTO, ALIMENTO ESTE QUE CHAMAVAM DE “PÃO DO CÉU”.
O PRÓPRIO JESUS SE COMPARA AO MANÁ, DIZENDO: “EU SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”. SE O MANÁ SUSTENTOU O CORPO MATERIAL DO POVO NO DESERTO, JESUS É O SUSTENTO DO ESPIRITO.

A LEI – AS TÁBUAS DA LEI FORAM DUAS, ONDE ESTAVAM GRAVADOS OS DEZ MANDAMENTOS. A PRIMEIRA CONTINHA OS TRÊS PRIMEIROS MANDAMENTOS QUE ESTABELECEM OS DEVERES DO HOMEM PARA COM DEUS, E A SEGUNDA, OS SETE DEVERES DO HOMEM PARA COM SEUS SEMELHANTES.

A VARA DE AARÃO: ERA UM PEDAÇO DE PAU SECO, GALHO DE AMENDOEIRA, USUALMENTE UTILIZADO PARA CONDUZIR O REBANHO. ANTE A INCREDULIDADE DO POVO, DEUS, PARA DAR SEU TESTEMUNHO FEZ COM QUE A VARA PRODUZISSE BROTOS, FLORES E FRUTOS, OPERANDO-SE O FENÔMENO DA RESSURREIÇÃO E PROVANDO O PODER DE DEUS.

A ARCA DEPOIS DE CONSTRUÍDA NÃO MAIS ABANDONOU O POVO JUDEU DURANTE SUA PEREGRINAÇÃO PELO DESERTO E, FOI À VISTA DELA QUE O RIO JORDÃO DIVIDIU SUAS ÁGUAS PARA QUE OS ISRAELITAS PUDESSEM PASSAR E AS PORTAS DE JERICÓ CAÍRAM.

A SUA GUARDA ESTAVA CONFIADA AOS LEVITAS, QUE ERAM OS ÚNICOS QUE PODIAM TOCAR-LHE.TENDO OS ISRAELITAS PERDIDOS UMA BATALHA PARA OS FILISTEUS, LEVARAM-NA AO CAMPO DE BATALHA SUPONDO QUE ASSIM PODERIAM VENCER O INIMIGO. AO VEREM A ARCA OS ISRAELITAS SE ENCORAJARAM MAS, MESMO ASSIM, FORAM DERROTADOS PELO FILISTEUS QUE A TOMARAM E A LEVARAM (I SAM. 4). SOBREVINDO, PORÉM, A ESTES ALGUMAS DESGRAÇAS,

ATRIBUÍRAM-NAS À PERMANÊNCIA DA ARCA E A DEVOLVERAM AOS ISRAELITAS.
ESTES A LEVARAM PARA QUIRIATE-JEARIM E DEPOIS DE ALGUMAS PEREGRINAÇÕES ACABOU SENDO TRANSPORTADA POR DAVI PARA JERUSALÉM E COLOCADA NO TEMPLO POR SALOMÃO.

PARA EVITAR SER PROFANADA POR ALGUM DOS REIS IDÓLATRAS QUE SE SUCEDERAM, OS SACERDOTES PARECE TEREM-NA RETIRADO DO TEMPLO, PARA ONDE VOLTOU A MANDO DE JOSIAS (II CRO. 35:3). NÃO SE SABE O FIM QUE TEVE. ALGUNS JULGAM QUE FOI DESTRUÍDA DURANTE O TEMPO DE CATIVEIRO. OUTROS SÃO DE OPINIÃO QUE ALGUNS JUDEUS E, DENTRE ELES, JEREMIAS, A ESCONDERAM EM LUGAR QUE NÃO PODE SER DESCOBERTO.

A ARCA SEGUNDO OS RACIONALISTAS, ERA UM ACUMULADOR ELÉTRICO CONSTRUÍDO POR MOISÉS COM OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NAS ESCOLAS ESOTÉRICAS DE SEU TEMPO QUE CONHECIAM O SEGREDO DE PRODUZIR ELETRICIDADE. E ASSIM É QUE EXPLICAM POR QUE MOISÉS PODIA IMUNEMENTE ENTRAR EM DETERMINADO LUGAR, ENQUANTO QUE OS DEMAIS MORRIAM FULMINADOS. É QUE ELE SE ISOLAVA. ANTES DOS ISRAELITAS, OUTROS POVOS TIVERAM TAMBÉM AS SUAS ARCAS COMO,

POR EXEMPLO,

A ARCA EM TEBAS, MUITO SEMELHANTE À ARCA DA ALIANÇA, POSSUÍDO OS VARAIS, OS ANJOS NA MESMA POSIÇÃO E PRODUZINDO TAMBÉM O FOGO DEVORADOR. A. LETERRE, EM SUA OBRA “JESUS E SUA DOUTRINA”, REGISTRA QUE VÁRIOS PONTÍFICES FORAM FULMINADOS PELO RAIO, QUANDO, MAL ISOLADOS, INVOCAVAM O FOGO CELESTE, ENTRE ELES O PRÓPRIO ZOROASTRO.

Independência do Brasil

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A Independência Do BrasilA participação dos maçons ou da maçonaria nos movimentos de emancipação dos povos em todos os Continentes é notório. A história Universal descreve com abundância de fatos os eventos cuja realização só foi possível através da iniciativa maçônica ou isoladamente, por maçons proeminentes.

Na história do Brasil, em todas as fases da consolidação da Colônia em Nação, não faltou em nenhum momento a orientação efetiva da maçonaria.As Ideias LiberaisNão nos parece correto afirmar a existência de levantes revolucionários da colônia isto dentro do rigor científico do termo, não por falta de coragem dos colonos, mas pelo fato de o Brasil nunca ter experimentado a sociedade como um todo. O Brasil não viveu a revolução.Na (Revolução Francesa, diferentemente do Brasil, não existiam classes, mas tão somente franceses, dentro de um típico liberalismo. Nas colônias portuguesas, diversamente, tínhamos os portugueses do Brasil, os portugueses de Angola, etc. Portugal, entretanto, experimentou revoluções liberais como ade 1820, conhecida como a Revolução do Porto.

Há os que admitem uma revolução liberal no Brasil, a dos Farrapos, mas, ainda assim, esta só se deu com referências as relações sociais especificas, pois não há como comparar o binômio peão vs. fazendeiro com o senhor vs. Escravo.Sem um modelo liberal, o Brasil pertencia materialmente ao rei segundo concepção do Direito Divino. Donatários tinham usufruto, mas a propriedade da terra era do rei.

O modelo de liberalismo como projeto de uma ordem social e um projeto de classes foi inicialmennte, estabelecido por Napoleão Bonaparte. Ele procurou demonstrar que liberalismo e ordem eram compatíveis e possíveis.

Este foi o modelo escolhido por D. Pedro para o Império do Brasil, influenciado por José Bonifácio. Este projeto procurava conciliar perspectivas autocráticas com concepções liberais, e D. Pedro I se apresentava revestido da autoridade por direito de sangue e Primeiro Cidadão.O entendimento de Estado Nacional, pelo menos para lideranças como José Bonifácio, ia na direção de formar um Estado Nacional independente, unindo a noção de direito divino (graça divina), do sangue com pensamento liberal. Este pensamento norteava aquela classe dominante naquele período gravíssimo.

Mudanças eram, necessárias, mas sem revolução, pois nenhum Estado Absoluto sobreviveria à onda liberal (leia-se Revolução Francesa).Qualquer revolução numa sociedade escravista, como o Brasil de então, traria consideráveis riscos para as “cabeças coroadas”(classe dominante). 

Por isto, essa classe nunca desejou a revolução. Nada garantiria que com a revolução liberal os escravos não fossem levantar-se contra os antigos senhores.
O grupo dominante temia a revolução porque era escravista. A revolução transformaria os escravos em cidadãos. A solução, então, era realizar uma transformação política sem que os escravos se tornassem cidadãos. Construir uma Nação mantendo a escravidão, Isto mostra que o carácter da independência brasileira foi elitista e dominante.

Uma Nação organizando homens livres em torno do Imperador, assessorado por homens do Rio de Janeiro, administrando as Províncias. Uma Nação composta de homens livres mantendo, de alguma forma, a escravidão. Algo como o antigo aparthcid da Africa do Sul. Esta estrutura só seria possível sem a revolução; com ela o modelo estaria condenado. O papel da inquisição em paises como Portugal e Espanha, onde o Santo Ofício se utilizou deste flagelo como instrumento de controle social ideológico, fez com que nos países latinos a MAÇONARIA tornasse o caráter de uma instituição semi-clandestina, empenhada em fazer política de oposição de caráter liberal e propaganda anticlerical.

Á Maçonaria chega ao Brasil a reboque das idéias iluministas adquiridas por estudantes brasileiros na Europa, notadamente os residentes em Portugal, França e Inglaterra. Fica claro que os maçons liam corno estímulo contra o absolutismo português, autores como Montesquieu, Voltaire, Rousseau.Volney (As Ruínas), entre outros,A Maçonaria e a Independência Do BrasilDe acordo com o Decreto 125 de 29 de setembro de 1821,0 rei de Portugal D. João VI extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. 

Nessa época, funcinavam no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens inlustres da corte como Cônego Januàrio da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros.

Esses maçons reunidos e após terem obtidos a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou com o célebre “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”.

Mas não parou ai o trabalho dos maçons. Começou-se logo em seguida. Um movimento coordenado, entre os irmãos de outras províncias brasileiras com intuito de promover a Independência do Brasil.



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Os movimentos nativistas para a convocação de uma assembleia constituinte a concessão do título de Príncipe Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, autorgado D. Pedro, pelos brasileiros, acirrou ainda mais os ânimos entre portugueses e nativistas.Nessa época, havia na metrópole, três lojas maçônicas funcionando, a “Comércio e Artes”, a “Esperança de Níteroi” e a União e Tranquilidade’, e nenhuma pessoa era iniciado em qualquer das lojas, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a independência do Brasil e o neófito jurava não só denfedê-la como também promovê-la.Em princípios do ano de 1822, funda-se no Rio de Janeiro, o Grande Oriente, onde se filiaram todas as lojas existentes naquele oriente, sendo eleito seu primeiro Grau Mestre José Bonifácio de Andrada e Primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo.

A 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na maçonaria na loja Comércio e Artes e logo elevado ao grau de Mestre Maçom. Enquanto isso crescia em todo o Brasil.

o movimento pela Independência, encabeçado pelos maçons.Os acontecimentos se sucediam, até que a 20 de agosto de 1822 é convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente e nessa reunião assume o malhete da loja, Joaquim Gonçalves Ledo que era o primeiro Grande Vigilante, devido a ausência de José Bonifácio ( que se encontrava viajando.) Joaquim Gonçalves Ledo, profere um eloquente e enérgico discurso, expondo a todos os irmãos presentes, a necessidade de se proclamar imediatamente a Independência do Brasil.

A proposta foi posta em votação e aprovada por todos e em seguida lavrou-se a ata dessa reunião.Presume-se que a cópia da ata dcssa memorável reunião,, tenha sido enviada D. Pedro, juntamente com outros documentos que alcançaram na tarde do dia 7 de setembro de 1822 as margens do riacho Ipiranga e culminou com a proclamação da Independência do Brasil oficialmente naquele dia e que a história assim registra.Citando Pandiá Calógeras, em seu livro Formação Histórica do Brasil, página 103, encontramos essa afirmação: “Não há mais quem possa negar à Maçonaria um papel preponderante na emancipação política do Brasil. Realmente desde l815, como fundação da loja ‘Comércio e Artes”a idéia independencista começou a agitar os espíritos brasileiros.

Em 1820, descoberta urna conjuração, foram perseguidos tenazmente os ‘maçons”. Porém no ano seguinte, conseguiram eles triunfar, organizando lojas pelos quatro cantos do país. E cm princípio de 22, com a criação do “Grande Oriente”os carbonários adquiriram um formidável prestigio político. Nesse movimento maçonico em prol das independência distingui-se uma figura extraordinária de agitador: Joaquim Gonçalves Ledo.A frente do movimento, enérgico e vivaz, achavam-se a maçonaria e os maçons. Seus principais chefes e luzes das oficinas tém de ser nomeados, como primeiros obreiros da grande tarefa: Joaquim Gonçalves ledo, José Clemente Pereira, Cónego Januário da cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, figuram entre os maiores”.Gustavo Barroso em seu livro História Secreta do Brasil — “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isso”, “A maçonaria era verdade, o centro emancipador, reconhece grande autoridade no assunto, o senhor Mário Bering, Grão Mestre da maçonaria brasileira”.

Ninguém, ignora que a independência nacional foi concebida e proclamada entre as quatro paredes dos templos maçônicos”. Nos bastidores do mistério de Adelino de Figueircdo Lima.
E aos poucos vão-se dando os passos: A 13 de maio de 1822, propôs o brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto se conferisse ao prinicipe o titulo de Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil.

D.. Pedro, receoso ainda, não aceitou o título totalmente, apenas o de Defensor Perpétuo e o fez colocar as Iniciais (D.P.) nas peças do uniforme, nos arreios, nos coches, nas librés, nos móveis, nos portões, etc . em tudo que se referisse à corte e à pessoa do futuro soberano.E quando, a cavalo, rodeado dos dragões à austríaca, e dos membros da sua comitiva, amarfanhou os papéis, arrancou da espada as palavras que abriram novos horizontes ao Brasil: INDEPENDÊNCIA OU MORTE”, realizava ao público o que já se resolvera nos subterrâneos.

A independência política já fora proclamada na maçonaria na sessão de 20 de agosto c em assembléia. geral do povo maçônico, reunidas na sede do Apostolado das três lojas mctropolitanas, sob a presidência de Gonçalves Ledo.

Ö Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, (Portugal) sem forças para defende-lo e ainda para conquista-lo.

As nações do Universo tem os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti. Príncipe! Cumpre aparecer entre elas como rebeldes ou como homens livres e dignos de o ser.
 Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres. Resolve, Senhor! (final do discurso de Gonçalves Ledo).
E nas festas que acolheram o jovem fundador do império. Em Piratininga... e mesma noite em que chegou a São Paulo, tomou posse D. Pedro do cargo Grão Mestre da maçonaria, aclamado por todos, no recinto da loja. Vestira-se de pompa a loja para receber o aprendiz Guatimozim, já anteriormente iniciado nos nossos mistérios por José Bonifácio.



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O processo de independência do Brasil


Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em consideração duas importantes questões:Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII.

Ainda é muito comum a memória do estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro.Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.

Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil.Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial.

No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro".

Esta situação de crise do antigo sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789).

Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.
Os Movimentos de EmancipaçãoA Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais, militares, e religiosos.

Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados.

Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes.

Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789).

Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder da metrópole.O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.

Eram pretos, mestiços, índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.

Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817. Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.

A Família Real no Brasil e a Preponderância InglesaSe o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.

Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao "sete de setembro".Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico.

Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto.

Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil.  

D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.

O Significado Histórico da IndependênciaA aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/12.burg_brasil.jpg

Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.

Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.

A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país.

Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".

É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal.

Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado.

Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província.

Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte...

Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.