segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

COMO A MEDICINA DA DOENÇA FUNCIONA

Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA.

A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor.

 Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.

 A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, proscreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.

 Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!

Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.

 Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés.

 Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.

 Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.

Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde(?!).

 Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!

 Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!

Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.

 Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.


Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e... DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!!).


A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida).
 
 
Por Carlos Bayma (médico)

Viagem ao Uruguai


PUNTA DEL ESTE
Localizada em um estreita faixa de areia entre o Atlântico e o Rio da Prata, a uma hora e meia de Montevidéu, Punta del Este reúne em um mesmo lugar todos os elementos necessários a um balneário de sucesso. Tem praias para todos os estilos (desde as de águas calmas,  ideais para crianças até as mais agitadas), oferece ampla variedade de lojas de grifes e galerias para os visitantes de bolsos mais folgados (a principal clientela do destino). Conta, também, com calçadões e vias de pedestres para serem desfrutadas pelos jovens e cinquentões que desfilam por esse destino conhecido como “a Pérola do Uruguai”. Isso sem falar em uma infraestrutura de primeira, com pousadas charmosas, hotéis com serviço e acomodações impecáveis e restaurantes que, dos mais simples aos estrelados, agradam aos mais variados paladares.
Prepare a carteira, pois os preços por lá durante o verão sul-americano seguem o mesmo nível dos ricos e famosos que vêm dos países vizinhos. Destinos próximos mais tranquilos como José Ignacio também valem a visita. Situado a 45 quilômetros de Punta, esse antigo vilarejo de pescadores se transformou em um destino hippie-chique que reúne praias mais vazias, bares pé na areia e um estilo rústico típico das cidades de interior do Uruguai.
No entanto, para quem quer badalação, a pegação pode acontecer na areia da praia, mas é em boates em La Barra e La Mansa que a festa realmente acontece.


O Monumento aos Afogados (Monumento al Ahogado) é a escultura mais famosa de Punta del Este e está localizada na Praia Brava – Parada 4, em frente à rodoviária da cidade.
Mais conhecida como La Mano, este monumento foi feito em 1982 pelo artista chileno Mario Irarrázabal, para alertar os visitantes sobre o perigo de afogamento nas águas fortes de Punta de Este. Ele estava participando de um concurso realizado naquele ano de obras artísticas para decorar a cidade. Das obras daquele concurso, apenas a escultura da mão permanece até hoje.

A mão tornou-se símbolo de Punta del Este e é visitada por milhares de turistas o ano todo.

Museu Casapueblo


Este é o mais famoso museu de Punta del Este. Localizado em Punta Ballena, na entrada de Punta para quem vem de Montevidéu, o museu foi construído pelo artista uruguaio Carlos Paéz Vilaró sem planejamento prévio. As instalações deste edifício foram sendo construídas desde 1958, pelo próprio artista.
Conta com diversas salas com vista para o mar onde se encontram pinturas e esculturas de Vilaró. Nas sextas-feiras de verão, os turistas podem contemplar o pôr do sol tomando chá. Carlos Paéz Vilaró, faleceu no dia 24 de fevereiro de 2014. 
A Casapueblo ainda possui um restaurante e um hotel.

 Endereço: Ruta Panorámica (saída da Ruta Interbalneária à caminho de Punta Ballena). Há indicações com placas.

Inaugurada em 1965, a Ponte Leonel Viera dá acesso a La Barra para quem vem de Punta del Este. Com seu formato de “m” a ponte proporciona um friozinho na barriga a quem passa de carro.

Colonia del Sacramento
Colonia del Sacramento foi fundada em 1680 por Portugal e era um importante centro comercial e militar. É a única cidade uruguaia colonizada por portugueses, por isso possui um estilo diferente de todas as outras. Passear pelo seu centro histórico é como fazer uma viagem ao passado, já que as ruas e casas foram preservadas para manter seu aspecto original. 
A cidade está localizada a cerca de 180 km de Montevidéu, numa viagem de pouco mais de duas horas. O caminho é pela Ruta 1 e há dois pedágios em cada sentido, que custam 55 pesos uruguaios cada. A rodovia é muito boa, duplicada na maior parte do trecho, mas é um pouco cansativa e monótona, pois o trajeto é praticamente em linha reta o tempo todo e com paisagens rurais que nunca mudam. Chegando próximo à Colonia a via torna-se de mão dupla e na entrada da cidade há várias palmeiras enfeitando o acostamento. A estrada termina no terminal de ônibus e barcos, próximo ao centro histórico.



Colonia é a cidade uruguaia mais próxima de Buenos Aires e há várias ligações diárias entre as duas cidades através do Buquebus, uma grande balsa que faz o transporte de pessoas e veículos pelo Rio de la Plata. Por isso, quem fica muitos dias na capital argentina pode aproveitar para fazer este passeio, visitando a cidade uruguaia em um dia, numa viagem bate-volta de barco.


Para conhecer a região, não há um roteiro bem definido a seguir. O bacana é caminhar sem rumo, pelas ruas antigas de pedras, observando os casarões históricos e as ruínas da cidade. O ponto de partida pode ser o Portón de Campo, porta de entrada da antiga cidade, construído entre 1968 e 1971 e que ainda conserva restos da antiga muralha que existia em Colonia. Junto ao portão há um centro de informações turísticas, bom para pegar um mapa turístico do local, que apresenta a localização e explicações breves de cada atração.

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Uma das primeiras ruas que surgiram na nossa caminhada foi a Calle de los Suspiros, a rua mais antiga de Colonia del Sacramento. Tem um estilo tipicamente português e ainda conserva as pedras de seu pavimento original. Segundo moradores, nesta rua haviam muitas prostitutas, por isso no nome Rua dos suspiros. As casas antigas pertencem à época do primeiro período colonial. A rua é fechada para carros, mas os pedestres podem circular à vontade por ela.



Colonia do Sacramento foi fundada em janeiro de 1680 pelo português Manoel Lobo. Em agosto do mesmo ano, a cidade foi tomada pelos espanhóis. Esta foi a primeira de sete trocas do poder, em que os portugueses e espanhóis se alternavam no comando da cidade, até que em 1778, finalmente, ela passou a se tornar da Espanha em definitivo.
Em 1995, a cidade de Colonia del Sacramento recebeu o título de Patrimônio Cultural e Natural Mundial pela UNESCO. Quem visita a cidade tem a impressão de que ela parou no tempo, pois as ruas de pedra e os casarões ainda preservam o aspecto original. A maioria das casas tem portas e janelas fechadas e não dá para saber se alguém mora ali ou se elas ficam o tempo todo assim trancadas.



Uma das paradas durante a caminhada foi no farol da cidade, finalizado em 1857, que está junto às ruínas do Convento de San Francisco, nos arredores da Plaza Mayor
Antigamente, Colonia era considerada uma espécie de chave para os rios, pois com sua localização estratégica era possível controlar o acesso das embarcações aos rios Uruguai, Paraná e Paraguai. Desde que o navegador espanhol Solís navegou por esses mares em 1516, vários espanhóis, portugueses, ingleses e holandeses visitaram a região com suas embarcações.
Há vários pequenos museus no centro histórico de Colonia, a maioria deles ao redor da Plaza  Mayor. OMuseo Portugués exibe réplicas de móveis e uniformes utilizados pelos portugueses. O Museo Municipaltem um acervo com objetos, artefatos e documentos de diferentes períodos da colônia. O Museo do del Azulejo mostra diferentes tipos de azulejos de países como Portugal, Espanha e França, além dos primeiros utilizados no Uruguai. E o Museo Naval conta a história dos conflitos marítimos que fizeram parte da história da cidade.
Montevidéu


É a capital e maior cidade do Uruguai. É também a sede administrativa do Mercosul, da ALADI e capital do departamento homônimo, o de menor extensão entre os dezenove existentes no país. Localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata e é a cidadelatino-americana com a maior qualidade de vida1 e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo.
Em 2004, possuia uma população de aproximadamente 1.325.968 habitantes. Porém, considerando sua área metropolitana, Montevidéu alcança 1.668.335 habitantes, aproximadamente a metade da população total do país.
A cidade se encontra em uma zona geográfica que se caracteriza como a rota principal de movimentação de cargas do Mercosul. Por sua vez, conta com uma baía ideal que forma um porto natural, sendo o mesmo o mais importante do país, pela qual saem e entram as mercadorias que se importam e se exportam.    

Montevidéu nasceu de um pequeno povoado de índios tapes e imigrantes das Canárias, radicados em torno de um forte construído, em 1724, por ordem de Bruno Mauricio de Zabala, governador espanhol de Buenos Aires, para manter as tropas portuguesas de Manuel de Freitas da Fonseca fora do Rio da Prata 2 . Em 1726, adquire estatuto de cidade.
No século XVIII, o crescimento de Montevidéu foi estimulado pela liberdade de comércio direto com as cidades espanholas, declarada por Carlos III em 1778. Além disso ela era o centro de exportação dos produtos da pecuária do interior da província e realizava trocas comerciais com Buenos Aires. Foi a partir dela, inclusive que partiram os navios espanhóis para libertar Buenos Aires, tomada pelos britânicos em 1806 e graças a isso foi também ocupada durante sete meses.
Após a conquista da Espanha por Napoleão Bonaparte e a prisão do rei espanhol, a junta de governo de Buenos Aires declara a independência do Vice-reinado do rio da Prata, mas em Montevidéu forma-se uma outra junta favorável à cisão. A disputa entre as duas cidades levou Montevidéu a enviar tropas da Espanha posteriormente e a ser retomada em 23 de Junho de 1814.
Conquistada por Portugal em 1817, tornou-se capital da Província Cisplatina do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve em 1821. Pertenceu ao Brasil durante o reinado de D. Pedro I, chegando a receber o título de Imperial Cidade através do alvará de 15 de abril de 1825,3 mas logo conquistou a sua independência na chamada Guerra da Cisplatina, em que recebeu o apoio da Argentina. Com a independência (1828) passou a ser capital do Uruguai.

Após a independência, a cidade foi palco de disputas políticas internas entre 1843 e 1851 na chamada Guerra Grande, contudo a partir da metade do século XIX, vê grande urbanizaçãocrescimento populacional e industrial.2 Montevidéu recebeu no início do século XX um contingente de imigrantes italianos e espanhóis e logo em seguida, a partir da década de 30 de pessoas vindas do interior do país atraídas pelo crescimento da economia. 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Amor de amigo é coisa engraçada