quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O que é a Seicho-No-Ie

 É um ensinamento que prega que o ser humano é filho de Deus, que o mundo da matéria é projeção da mente e, também, nos revela qual é a nossa verdadeira natureza. É uma filosofia que transcende o sectarismo religioso, pois acredita que todas as religiões são luzes de salvação que emanam de um único Deus. A Seicho-No-Ie, por acreditar que todas as criações são derivadas de Deus, não acredita que o mal exista. Para os seguidores da doutrina, o mal é apenas a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz e o frio a ausência do calor - como sugere a física.
Quem foi Masaharu Taniguchi
Dentre os líderes espirituais do Japão, Masaharu Taniguchi é um dos mais conhecidos e influentes. Através de suas preleções, livros, artigos, etc., atinge milhões de pessoas com mensagens simples, objetivas e capazes de modificar vidas.
Religião ou Filosofia?
A Seicho-No-Ie pode ser considerada uma filosofia de vida e também uma religião. Não há rigidez de conceito neste sentido. Ela tem como objetivo despertar no coração das pessoas a verdade de que todos são filhos de Deus e fazer com que, através de atos, palavras e pensamentos, tornemos este mundo um mundo melhor.
A felicidade de quem pratica
Aqueles que praticam os ensinamentos da Seicho-No-Ie aprendem a reconhecer sua verdadeira natureza de filho de Deus e, em consequência disso, começam então a ocorrer fatos milagrosos como a cura de doenças, reconciliação de lares em desarmonia, exteriorização de grandes talentos, êxito profissional, solução de problemas econômicos, amorosos, etc.
Para quem já tem uma religião
Existem pessoas que, mesmo já sendo adeptas de uma religião e frequentando assiduamente suas atividades, sentem-se muito bem e felizes ao entrar em contato com os ensinamentos da Seicho-No-Ie, que por sua vez recebe, com muito amor e carinho, todas as pessoas, sem nenhuma restrição.
Surgiu em 1º de março de1930 e cresceu no pós-guerra no Japão, quando a sociedade japonesa viu desmoronar a religião oficial do Estado, baseada na crença na divindade do imperador e uma das bases da ideologia militarista. Nesse vácuo ideológico e espiritual surgiram ou cresceram inúmeras seitas e religiões, entre elas a Perfect Liberty, a Igreja Messiânica Mundial (Johrei), Seicho-No-Ie, etc.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos da ciência, do cristianismo, do budismo e do xintoísmo.
É importante mencionar que a Seicho-no-Ie, na contramão de suas consortes, estava em sintonia com a ideologia do nacionalismo oficial japonês. A professora Leila Marach Albuquerque afirma que a Seicho-no-Ie foi elaborada à luz da ideologia familista do Império japonês (ALBUQUERQUE, 1999, p. 32). Pela grande população de imigrantes japoneses, as novas religiões chegaram quase que simultaneamente ao Brasil. Em pouco tempo conseguiram grande número de adeptos, não só entre os descendentes de japoneses mas entre toda a população em geral.
A Seicho-No-Ie em particular conseguiu grande número de adeptos. Entre os instrumentos de disseminação de sua crença, a revista Acendedor e o Preceitos Diários (calendário com mensagens) se tornaram bastante populares nas grandes cidades brasileiras, principalmente nas décadas de 60 e 70 do século XX.
Atualmente (2006), a Seicho-No-Ie conta com divulgação por meio de de publicações como as revistas Fonte de Luz, Pomba Branca, Mundo Ideal e Querubim, além do jornal Círculo de Harmonia, programas de TV, rádio e website.
Sua origem cerimonial está ligada, principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo e casamento, do qual é talvez o melhor representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-No-Ie há muita liberdade de adaptação de cerimonias ligadas à cultura local.
A partir da década de 90 a Seicho-No-Ie lança oficialmente uma nova bandeira, o "Movimento Internacional de Paz pela Fé" (Internacional Peace by Faith) que tem como objetivo, através da fé em Deus único e universal, despertar a paz em cada pessoa e, assim, concretizá-la no mundo.
O conjunto doutrinário da Seicho-no-Ie amalgama tradições xintoístas, cristãs, budistas entre outras. Predomina, a exemplo da outras Novas Religiões Japonesas, elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de vida, preza pelo respeito aos mais velhos e cultua os ancestrais.
A Verdade essencial da Seicho-No-Ie é: "O Homem é Filho de Deus" e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo fenomênico (mundo material) a sua perfeição.
Para isso, há várias práticas adotadas pelos praticantes da Seicho-No-Ie, sendo as mais importantes:
  • Prática de atos de amor e caridade;
  • Leitura de Sutras Sagradas e palavras da Verdade;
  • Prática da Meditação Shinsokan (que, numa tradução livre, significa "ver e contemplar Deus").
A Seicho-No-Ie também estuda as "leis mentais", das quais se destaca a lei "Os semelhantes se atraem" (Lei da Atração).
Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie:
  • 1ª) Agradecer a todas as coisas do Universo;
  • 2ª) Conservar sempre o sentimento natural;
  • 3ª) Manifestar o amor em todos os atos;
  • 4ª) Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos;
  • 5ª) Ver sempre a parte positiva das pessoas, coisas e fatos, e nunca as suas partes negativas;
  • 6ª) Anular totalmente o ego;
  • 7ª) Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível;
  • 8ª) Iluminar a mente, praticando a Meditação Shinsokan todos os dias sem falta.
·         Segundo o departamento de comunicação da Seicho-No-Ie, em São Paulo, a doutrina conta com cerca de 2,5 milhões de membros no Brasil - número semelhante ao de adeptos da Igreja Messiânica Mundial. A doutrina encontra-se ramificada por todos os estados da Federação, além do Distrito Federal, onde possui um templo em estilo japonês.
·         No site oficial da organização estão cadastrados 1.400 (mil e quatrocentos) locais de culto. Mas como algumas regionais estaduais não cadastram todos os locais de culto, esse número pode ultrapassar os 6.000 (seis mil).

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